O líder da minoria no Senado americano, Mitch McConnell, sofreu uma concussão depois de cair em um hotel, o que destaca os riscos de queda para idosos. Milhões de americanos com mais de 65 anos sofrem quedas todos os anos, resultando em mais de 800 mil visitas ao departamento de emergência, com uma em cada cinco quedas resultando em lesões graves. As quedas são a principal causa de lesões e morte nessa faixa etária, diz o CDC. “Para os idosos, uma queda é um evento que muda a vida e potencialmente pode acabar com ela”, disse Christine Kistler, professora associada de medicina geriátrica e familiar da Universidade da Carolina do Norte.
Aqui estão as respostas para algumas perguntas comuns sobre risco de queda:
Por que as quedas são tão preocupantes em idosos?
À medida que envelhecem, as pessoas podem ter músculos mais fracos, ossos quebradiços, tempo de reação mais lento e condições de saúde pré-existentes que podem ser exacerbadas por uma queda. As quedas são a causa mais comum de traumatismo cranioencefálico e as fraturas de quadril resultam em hospitalização para 300 mil idosos nos EUA anualmente, sendo mais de 95% causadas por quedas.
Por que o risco de queda é maior em idosos?
Idosos são mais propensos a quedas devido a mudanças relacionadas ao envelhecimento, como declínio muscular, efeitos de medicamentos e condições de saúde que podem afetar o equilíbrio, força, visão e audição. A maioria das quedas é causada por uma combinação de fatores de risco, como fraqueza muscular, dificuldade para andar, deficiência de vitamina D, condições de saúde, uso de medicamentos, perda auditiva, calçados inadequados e armadilhas domésticas. Até mesmo caminhar com o cachorro pode levar a uma queda.
Por que as consequências de uma queda são tão graves em idosos e a recuperação é tão difícil?
A recuperação de uma queda em idosos pode ser complicada e até fatal, especialmente se houver lesões graves, como fratura de quadril ou traumatismo craniano. O envelhecimento do corpo pode tornar as lesões mais graves e dificultar a recuperação, especialmente quando acompanhadas de condições de saúde adicionais, como osteoporose ou perda de massa muscular. A fragilidade também pode colocar os idosos em risco, dificultando a recuperação após uma queda.
Por que os donos de animais estão em risco?
Animais de estimação podem ser perigosos para a segurança humana, pois podem puxar coleiras, andar sob os pés ou pular na frente das pessoas. Tigelas, roupas de cama e brinquedos para animais de estimação também podem ser perigosos. Cerca de 87 mil lesões humanas por ano nos Estados Unidos são associadas a cães e gatos, com os cães sendo responsáveis por 7,5 vezes mais ferimentos do que os gatos. As mulheres são duas vezes mais propensas a se machucar em quedas relacionadas a animais de estimação do que os homens, com as taxas de lesões sendo maiores entre pessoas com mais de 75 anos. Fraturas e contusões são as lesões mais comuns, e tropeçar em animais de estimação é a causa mais comum de queda, especialmente com gatos.
Como alguém pode reduzir o risco pessoal de queda?
O Conselho Nacional sobre Envelhecimento afirma que a queda não é inevitável ao envelhecer, embora haja riscos envolvidos. Cerca de 60% das quedas acontecem em casa, 30% em lugares públicos e 10% em ambientes de saúde. Para reduzir o risco geral de quedas, é importante que idosos se exercitem, caminhem para manter a força e reportem quaisquer mudanças em visão, equilíbrio e força ao médico de cuidados primários.
Alguns cuidados:
Deixe sua casa mais segura – Organize a casa, coloque os itens usados com frequência em locais de fácil acesso e removendo a desordem. Além disso, é importante melhorar a iluminação da casa, troque tapetes comuns por tapetes antiderrapantes no banheira e no chão. A disposição dos móveis também deve ser observada para garantir que haja espaço suficiente para caminhar e evitar tropeços. Adicione barras de apoio no banheiro e corrimãos em todas as escadas. Por fim, evite subir escadas, sempre que possível peça ajuda de um familiar ou vizinho para trocar as lâmpadas do teto.
Converse com seu médico – É importante ter conversas com o médico sobre os riscos de quedas e medidas preventivas. Solicite uma avaliação dos medicamentos que está tomando, para verificar se causam tonturas ou sonolência, e se há alternativas mais seguras. Verifique também se há deficiência de vitamina D e tome suplementos, se necessário. Prevenir quedas é fundamental para a saúde e segurança.
Verifique sua visão e audição regularmente – Faça exames anuais de visão e audição e mantenha seus óculos ou lentes de contato atualizados. Se usar bifocais ou lentes progressivas, considere óculos de correção de distância apenas para atividades ao ar livre para evitar distorções visuais.
Treinamento e exercícios de força – Para melhorar a força e estabilidade do corpo, é recomendado fazer treinamento com pesos e exercícios de suporte de peso para as pernas, abdômen e costas, como agachamentos e flexões. Além disso, andar mais e subir escadas pode ajudar. Práticas como yoga e artes marciais também podem melhorar o equilíbrio.
Use sapatos resistentes e antiderrapantes – Certifique-se de escolher sapatos que se ajustem bem e tenham uma sola com boa aderência para reduzir o risco de queda. Evite usar sapatos com saltos, solados escorregadios ou protuberâncias na sola. Ao usar chinelos em casa, verifique se eles têm uma sola de borracha antiderrapante.
Fonte: Estadão